Olá leitores (as) generosos (as)! Saudades de expressar
afeto por aqui...
Retomando a escrita hoje e com a
bagagem cheia depois deste pequeno hiato eu muito pensei sobre o fio condutor
deste texto, e de uma conversa com um querido amigo, o fiozinho surgiu, mas faz
dias que fico pensando por onde começar. A inquietação que ia e vinha
finalmente se foi, após uma atividade de trabalho. Pronto! Desatei o nó...
Pois bem, numa rápida leitura das
linhas da nossa atividade percebemos um “descuido de digitação”, a frase
original deveria ter a seguinte redação O amor não tem rótulos, mas foi à falta
da palavra amor que chamou nossa atenção, até brinquei falando assim: - Isso é
ato falho! E completei: escreve uma música sobre isso...
Mas o insight, porém, foi retardatário...horas
depois, já em minha casa, pensei: - é isso! Vou dedicar meu texto aos NÃOS da
vida; Então amigo, tô usando o seu“descuido” valeu !!
Com quantos NÃOS se constrói um rótulo? Um monte deles; NÃO conhecer,
NÃO perceber, NÃO permitir, NÃO SE permitir, NÃO acreditar em si ou no outro,
NÃO compreender, NÃO poder, NÃO realizar, NÃOS que por aí vão...
O NÃO tem grande importância e
relevância em certas circunstâncias de nosso desenvolvimento humano, ele pode
ser educativo, protetivo, e embasado de boas colocações, todavia quando o não
saí deste campo, ele restringe, tolhe e nega pura e simplesmente. Vejam os nãos
da intolerância, da reprodução distorcida, dos estigmas, da ausência de
conhecimento; eles promovem um estrago silencioso e imenso, o NÃO dizer é muito
pior, a plateia que não se manifesta não dá o tom do espetáculo.
Vivenciamos momentos históricos em
nosso País nestes últimos dias, destes, dois me chamaram a atenção; o primeiro
trata de uma fala recorrente de alguns parlamentares de nosso País que comparavam
suas “posturas horrendas” a comportamentos de loucos em um “hospício”; o
segundo diz da gratidão de vários atletas brasileiros que durante as olimpíadas
atribuíram aos seus respectivos/as profissionais de Psicologia os ganhos do
equilíbrio emocional como êxito no alcance de suas metas.
Porque falo deste lugar? De
acordo com dados do Conselho Federal de Psicologia de 29 de agosto de 2016, somos
um total de 280.762 psicólogas (os) no Brasil. Vivenciamos em 27 de
agosto o Dia do Psicólogo alusivo aos 54 anos de regulamentação da Ciência e
Profissão LEI nº 4.119 de 27-08-1962 que dispõe sobre
os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de Psicólogo,
atuamos em uma sociedade que caminha a pequenos e importantes passos para um
melhor e maior percebimento da relevância da Psicologia em nosso País, sobrevivemos
aos trancos e barrancos na ausência de direitos básicos ao exercício da nossa
profissão de maneira digna.
E foi dia desses, sendo plateia das cenas
teatralizadas dos “representantes” políticos citados antes, que não pude deixar
de me afetar com a maneira equivocada e desrespeitosa de senadores, com a população
que padece de uma boa atenção preventiva à sua Saúde Mental, vivemos á beira
das doenças mentais e assistindo as cruéis consequências do aumento delas. Os
senhores políticos ao se compararem a “loucos”, apoiam-se na momentânea e
conveniente insanidade, para não assumir o NÃO saber ou NÃO querer saber.
Caberia
a eles, ao invés do mau uso e da reprodução de estigmas, começarem a efetivar
propostas reais de uma atenção a Saúde Mental qualitativa aos brasileiros (as)
pacientes e usuários (as), além da valorização dos psicólogos (as) de maneira
geral.
Numa perspectiva bem positiva, considero
louvável a ação dos atletas brasileiros que destacaram em suas entrevistas a
importância da preparação psicológica deles (as), em suas falas, onde
mencionaram as vozes motivadoras dos psicólogos (as) que elevaram suas
potencialidades, a compreensão de que o ouro de uma medalha tem tantas outras
cores que não só do velho dourado, e que o primeiro lugar também está em outras
posições de ranking. Não se trata de uma comparação entre fatos ocorridos o que
digo aqui, mas de olhares. Este lado bom da moeda quebra os ciclos do NÃO
poder, o NÃO vai ser possível, o NÃO dá, e alia-se a novas possibilidades.
Quando digo que o NÃO tem
rótulos, é que o lado impositivo da palavra desagrega, o lado educativo soma,
então aos que me leem, faço um convite para aumentarmos nossa plateia e mudar o
tom dos NÃOS!
Para criar nosso costume, a vocês
todo meu afeto expresso!
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